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Um condomínio com mais de sete andares que está agora mesmo em construção em Alter do Chão, Santarém, no Pará, caminha para ser um dos desastres ambientais anunciados na sensível região Amazônica, banhada pelo Rio Tapajós.
O empreendimento fica situado entre o Lago Verde e o Lago do Carauari. Além de afetar diretamente o turismo sustentável tocado por comunidades tradicionais com o impacto sobre a Área de Proteção Ambiental (APA), trabalhadores da construção ficam expostos ao novo coronavírus, já que não utilizam equipamentos de proteção, de acordo com os moradores locais.
Na última terça-feira (2), o Conselho Comunitário de Alter do Chão, a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Carauari (AMACA) propôs uma Ação Civil Pública denunciando diversas ilegalidades do empreendimento, e pedindo a imediata paralisação das obras.
Um dos principais motivos do pedido é o licenciamento em tempo recorde emitido pela Secretaria de Meio Ambiente de Alter do Chão sem o plano de manejo, capaz de medir o impacto de uma obra deste porte com objetivo de preservar a sociobiodiversidade local.
A pressão imobiliária contra a área de preservação levou a comunidade a protocolar em órgãos de fiscalização o primeiro pedido de interdição da obra ainda em dezembro de 2019.
Sem respostas, os moradores agora lutam na Justiça para que o crime ambiental seja interrompido e a construção demolida.