Com  tema “Refloresta Já”, jornada busca mapear, conectar e contar histórias de pessoas, coletivos, redes e movimentos em seus diferentes contextos, visando soluções conjuntas para emergências locais e globais. 

Após iniciar, no dia 1º de maio, a primeira etapa de sua jornada de mais de 5 mil quilômetros no coração da Amazônia, a Casa NINJA Amazônia ministra a oficina gratuita “NINJISMO: Monte sua Mídia” no Mato Grosso. Com objetivo de fortalecer a criação de iniciativas de comunicação independente e midiativismo pelo Brasil, a Mídia NINJA compartilha conhecimentos, tecnologias e ferramentas. A ação incentiva o desenvolvimento de um ecossistema de mídia livre no Brasil fora do eixo, fortalecendo narrativas invisibilizadas pela grande mídia.

Nesta semana, as aulas abertas serão oferecidas nas cidades de Alta Floresta (06) e Sinop (08), que também contam com programação de encontros e visitas a projetos de sustentabilidade, educação ambiental e cultura. Em Alta Floresta, a oficina será realizada no sábado, dia 06, às 9h30, no Museu de História Natural de Alta Floresta. Já em Sinop, a atividade será na segunda-feira, dia 08, às 10h30, no Centro Cultural Xingú.

Com o tema “Refloresta Já”, a ampla ação de circulação da Casa NINJA Amazônia Tour visa contar histórias, conectar potências e trocar saberes e conhecimentos com realizadores, comunidades e povos da maior floresta tropical do mundo. A primeira parada foi Cuiabá, cidade na qual há pouco mais de 20 anos foi fundado o primeiro coletivo da rede Fora do Eixo, que impulsionou a criação de diversas comunidades da América Latina, incluindo a Mídia NINJA. Os ativistas da Mídia NINJA seguem a rota em formato itinerante.

Sobre a Casa NINJA Amazônia tour  – A caravana será dividida em três partes. A primeira passa por Mato Grosso, Rondônia e Acre, durante todo o mês de maio, com atividades presenciais em 20 municípios. Nos meses seguintes, a rota abrange Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá e por fim, Amazonas e Roraima. A iniciativa pretende visibilizar culturas e estimular a reflexão crítica e a potência narrativa das milhares de iniciativas locais que movimentam as comunidades amazônicas e suas pequenas e médias cidades do Brasil fora do eixo, territórios de origem das redes e ativistas que fundaram a Mídia NINJA. 

Entre as principais metas do projeto, está o fortalecimento de um ecossistema multitemático e multiétnico com foco na justiça climática. Dos povos indígenas aos hackers, dos quilombolas aos artistas, das populações tradicionais aos coletivos urbanos; das lutas das mulheres à LGBTQIA +. Muitos serão os trajetos que marcam essas rodadas, na construção da “Floresta Ativista”. Para isso, a ação realizará encontros, oficinas, reuniões abertas e intervenções artísticas, entre outras atividades, num amplo circuito de trocas e diálogos. Para inscrever-se nas atividades e acompanhar a agenda, o público pode cadastrar-se pelo site: https://casaninjaamazonia.org/casa-ninja-amazonia-tour-inscreva-se/ 

A primeira etapa da jornada é intitulada “Refloresta Já” e dá visibilidade à urgência da agenda de enfrentamento às emergências climáticas, combatendo o desmatamento e difundindo ideias e práticas de reflorestamento. Dão corpo a esta jornada, as múltiplas interfaces do reflorestamento. Reflorestamento das áreas degradadas, das práticas sociais e da sociabilidade no território. O reflorestamento dos ideários, das mentalidades e da própria vida.

A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas (ANMIGA), com o “Reflorestarmentes”, e artistas como Gilberto Gil lançaram recentemente campanhas com foco na agenda. Com a força da comunicação, a Mídia NINJA soma energia ao movimento.

A Floresta Amazônica é também uma enorme fronteira. Não apenas entre os 9 países pelos quais a floresta se estende, mas também entre humanidade e natureza, entre modos de vida e, principalmente, a fronteira para um novo tempo no qual a tecnologia colabora com a humanidade. Uma ação de respeito à natureza e de reconstrução de uma nova sociabilidade que coloca a sustentabilidade socioambiental como matriz de governança e desenvolvimento.

A primeira etapa da caravana começa por Mato Grosso, em Vila Bela da Santíssima Trindade, onde nasceu e viveu a líder quilombola Tereza de Benguela; passa por Cáceres, Pantanal mato-grossense, e sobe em direção ao norte do estado, passando por Alta Floresta (MT), Sinop (MT), Resex Guariba-Roosevelt (MT). Dali segue para Rondônia, passando por Vilhena (RO), Cacoal (RO), T.I. Uru-Eu-Wau-Wau (RO), Ji-Paraná (RO), Porto Velho (RO). Por fim, chega ao Acre, onde passa por Brasiléia (AC), Xapuri (AC), Rio Branco (AC), Tarauacá (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Feijó (AC) e T.I. Poyanawa (AC).

O projeto faz parte do programa “Vozes pela Ação Climática” (VAC), que atua em sete países do hemisfério Sul, sendo o Brasil um deles e conta com a parceria da ANMIGA – Articulação Nacional das Mulheres Indígenas e CNS – Conselho Nacional de Populações Extrativistas.