A repercussão internacional das queimadas na Amazônia espalha preocupação entre segmentos exportadores da economia.
Parte da situação está relacionada ao temor de que o avanço do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE) seja abalado após a pressão de países como a Alemanha e França, que convocaram mobilização contra os incêndios na floresta brasileira.
Anunciado no fim de junho do ano passado, o acerto entre os blocos resultou de 20 anos de negociações, mas o aumento de 28% das queimadas e o desmatamento da Amazônia pesam na balança contra o Brasil.
De janeiro a julho de 2019, as exportações brasileiras à União Europeia caíram 14,6% ante igual período do ano passado, para US$ 20,4 bilhões, segundo o Ministério da Economia.
A quantia correspondeu a 15,7% de todas as vendas externas do país nos sete primeiros meses de 2019. “Não há dúvida. O risco ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia existe”, adirma Robson Gonçalves, Economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para a BCC Brasil, ao considerar o cenário das queimadas.