As imagens de satélite mais recentes do Inpe, da quarta-feira, mostram que a fumaça das queimadas, ainda que mais concentrada nos Estados da região Norte e Centro Oeste –especialmente no Amazonas, Rondônia, Acre e norte do Mato Grosso–, já chegam ao Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e parte de São Paulo.
Ao contrário dos Estados mais afetados diretamente pelas queimadas, onde a fumaça é baixa e encobre as cidades, causando problemas respiratórios, a coluna que chega no Sul e no Sudeste está a mil e dois mil metros de altitude, o que não chega a causar desconforto, explica o chefe do programa Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, nem afeta a qualidade do ar.
“Vai ter efeito no por-do-sol, as pessoas vão ver um sol mais alaranjado, até vermelho, a depender da quantidade”, diz.
Apesar do investimento do governo federal em enviar tropas para a Amazônia para tentar conter as queimadas este ano, os números mostram que os militares até agora não tiveram sucesso.
Especialistas temem que o período de seca crie um cenário pior que o Dia do Fogo, como ficou conhecido o dia em que cidades do sudeste e sul ficaram encobertas de fumaça, após fazendeiros organizados atearem fogo em áreas gigantescas da Amazônia.