A ação coletiva Amazonas pela Vida realiza neste domingo (31) o(a) em memória às vítimas da Covid-19. A atividade será transmitida pelo facebook da Casa Ninja Amazônia e pelo site amazonaspelavida.info a partir das 17h (horário de Brasília). Mais de 30 pessoas entre ativistas de movimentos sociais, religiosos, artistas, pesquisadores, lideranças indígenas e profissionais de saúde do Amazonas e de outros estados participam do manifesto virtual.

Arte, fé e luto(a) é um ato de expressão coletiva do luto e também de solidariedade, pois vivemos tempos em que não é possível velar nossos familiares e amigos que foram vítimas da pandemia. Com mais de 200 mil casos confirmados e sete mil mortes pela Covid-19, as populações do estado do Amazonas lutam pela vida. Trata-se de um espaço plural de ação atravessado pela arte, pelo afeto e pela espiritualidade em manifestação e assunção do luto e da luta diante do estado de calamidade e dor que atravessa e vitima o Amazonas. É um ato de expressão coletiva do luto e também de solidariedade e produção de vida, contemplando a divulgação da campanha Amazonas Pela Vida.

“É uma maneira de traduzir a nossa inquietação, indignação e sobretudo a solidariedade por todas as pessoas que têm atravessado um momento muito precário, que tem sido agravado por uma série de circunstâncias perversas que tem a ver também com a total inabilidade do poder público, com os governantes que têm executado seu projeto perverso em todo Brasil e que tem afetado especialmente o estado do Amazonas. Será também um espaço de grito, de fé, de esperança na vida”, afirma Ceane Simões, integrante da  Campanha Amazonas Pela Vida!

O negacionismo, a corrupção e a incompetência geraram este estado de calamidade pública de forte impacto social, que está longe de acabar. A crise sanitária e social afeta os milhões de amazonenses, sobretudo os mais de 300 mil desempregados e outros 700 mil que estão em trabalhos informais e que não podem continuar trabalhando em casa.

O Amazonas entrou em alerta ‘roxo’ por colapsar todo o sistema de saúde. Atualmente, a principal arma de enfrentamento à pandemia é a vacina e, mais uma vez, o negacionismo e a incompetência dos governos dificultam o acesso à imunização sobretudo dos profissionais de saúde, indígenas e idosos que estão no grupo prioritário.

A Amazonas pela Vida, com a atividade Arte, fé e Luto(a) convida também quem deseja prestar homenagens às vítimas da Covid-19 que enviem seus relatos para “Os nossos ontens: um lugar de memória”, no site http://bit.ly/osnossosontens, e a assinar a petição que reivindica renda básica emergencial para os amazonenses e transparência no plano de vacinação disponível no site da ação amazonaspelavida.info.

Participam da programação no dia 31 de janeiro: Altaci Kokama, Aline Ribeiro, Carlos Durigan, Ceane Simões, Célia Xakriabá, Cícero Ferreira de Aquino Júnior, Cris Ribas, Dadá Baniwa, Djuena Tikuna, Elisa Maia , Ennio Candotti, Fernanda Fernandes, Flávia Melo, Geise Canalez, Gean Ramos Pankararu, Henrique Vieira, Indianare Siqueira, Jacqueline Teixeira, Jesem Orellana, Joab Pimentel, José Alcimar de Oliveira, Jorge Luis Ribeiro, Joyce Alves Goes, Kariny Sanchez, Karla Martins, Luciana Santos, Luiz Rufino, Lusmarina Campos Garcia, Magaiver Santos, Márcia Kambeba, Maria Gadú, Marcelo Nakamura, Márcia Caminha e DJ Negralha, Marcos Almeida, Marklize Siqueira, Mary Cacheado, Mellanie Fontes-Dutra, Melissa Mann, Michelle Andrews, Myriam Guarani, Nara Baré, Natalia Pasternak, Nonata Correa, Oé Kayapó, Otto, Paulo Teó, Priscila Serra, Raescla Ribeiro, Rosimeire Teles Arapaço, Rita Machado, Rita Von Hunty, Ribamar Bessa Freire, Samela Sataré, Sonia Guajajara, Shirley Djukurna Krenak, Vanda Ortega Witoto, Welton Oda e Yuki Oda.