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O Aulão sobre Regularização Fundiária e Reforma Agrária deu largada esta semana com mais de 150 participantes na sala do Zoom. Lançado pela rede NINJA Ambiental e Universidade NINJA, o aulão deu início com a explanação de Ayala Ferreita, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), sobre os principais pilares do problema agrário brasileiro: a (falta de) democracia representativa, o sistema escravagista e a concentração de terra no país.
Para Ayala, a democratcia representativa nunca possibilitou que trabalhadores do campo estivessem nos espaços de tomada de decisão e portanto sempre estiveram sob o confronto de projetos antipopulares. Além disso, estamos sob um sistema de classes que se formou escravizando outros sujeitos, indígenas e negros. Portanto, há caráter escravagista de que não podemos esquecer. E a propriedade privada da terra se impõe como elemento central para formação da sociedade de classes, com uma extrema concentração de terra no Brasil.
“O nosso modelo de agronegocio é extremamente contraditório e afeta diretamente quem vive no campo, mas também na cidade, com o uso desenfreado dos recursos hídricos, agrotóxicos”, disse Ayala. “É um modelo que afeta a soberania nacional que nos põe reféns de três grandes empresas transnacionais.
Na sequência, o professor Gilson da Costa Silva, coordenador do Grupo de Pesquisa em Gestão do Território e Geografia Agrária da Amazônia da Universidade Federal de Rondônia, explica os impactos atuais da PL da grilagem como regulação do crime ambiental no Brasil. “Hoje vivemos um processo de uberização da classe trabalhadora”, avaliou.
O aulão ficará disponível em breve na TV NINJA aos participantes inscritos na atividade.