Foto: Arison Jardim/Apiwtxa

Convidado a participar dos debates promovidos pela Conferência Digital GLF Amazônia 2021, Benki Piyãko, liderança Ashaninka da Apiwtxa e presidente do Instituto Yorenka Tasorentsi, lançou uma mensagem clara: a proteção da Amazônia é crucial para a sobrevivência das pessoas e dos ecossistemas em todo o mundo.

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Intitulada de “O Ponto de Inflexão – Soluções de Dentro para Fora”, a conferência, que ocorreu de 21 a 23 de setembro, contou com a presença dos principais cientistas que pesquisam a morte da floresta na Amazônia, líderes Indígenas que compartilharam as realidades da pandemia de COVID-19, os mais recentes desenvolvedores de tecnologia de satélite que monitoram o bioma, jovens que preservaram algumas das culturas e tradições mais antigas do mundo, líderes políticos que moldam a política da região e novas parcerias que visam a alcançar a sustentabilidade ambiental e garantir os direitos dos povos amazônicos.

Benki, em sua fala, observou que as mudanças do clima afetam todas as populações do planeta. “O que está acontecendo no mundo, não é um problema dos indígenas. É um problema social e de todos”, frisou. Para ele, é necessário que indígenas e não indígenas atuem de maneira conjunta para salvar o planeta e a Amazônia. “Estamos constatando que as mudanças climáticas derivam das queimadas, poluição, garimpos, grilagem de terra, desmatamento. E de que maneira podemos mudar isso? Promovendo diálogos integrativos, a partir da união de todos os povos em prol da vida na Terra”, endossou.

Benki fez um alerta. “É chegado o momento de se repensar novas técnicas de trabalhar o que a natureza tem nos mostrado. Nós, povos indígenas, temos dado essa referência e mostrado ao mundo que não somos nada sem a floresta, sem a água, sem as nascentes, porque nós respiramos o que a floresta nos dá, bebemos o que as águas nos oferecem e comemos o que a Natureza nos proporciona. O que temos que aprender é a utilizar essas riquezas naturais, pois na Amazônia estamos sofrendo impactos profundos com as ações ilegais e destrutivas ao meio ambiente. Convido todos a lutarem por isso, para que essa responsabilidade não recaia apenas sobre os povos indígenas”, finalizou.

As sessões, plenárias e lançamentos da Conferência Digital GLF Amazônia 2021 foram vistos mais de 15.000 vezes e as principais mensagens chegaram a 27 milhões de pessoas nas mídias sociais.