Encontro de jornalismo ambiental reúne jornalistas e comunicadores de todo o Brasil para refletir em conjunto sobre quais os desafios da cobertura jornalística em tempos de covid-19 e como realizar uma cobertura colaborativa de modo que potencialize uma rede de informações sobre as queimadas em especial na Amazônia e no Cerrado brasileiro, o Encontro de Jornalismo Ambiental da Brigada NINJA 2020 convidou um time de peso para compartilhar experiências narrativas.. Evento acontece neste sábado ás 10h (horário de Brasília), ao vivo pelos canais NINJA.
No atual cenário, o prognóstico para as queimadas este ano são ainda piores do que no ano passado, uma vez que os índices de desmatamento registraram altas por 14 meses sucessivos e já vivenciamos aumentos drásticos dos índices de incêndios na região. Diante disso, a Mídia NINJA convida jornalistas, comunicadores, midialivristas, especialistas e pesquisadores da Amazônia para construir e debater a cobertura sobre as queimadas em 2020.
São mais de 11 convidados de diversas organizações, movimentos e independentes que atuam na temática ambiental. que estarão presentes na manhã deste sábado, entre eles: Romulo Batista (Greenpeace), Karina Yamamoto (WWF), Lori Regattoeri, (Medialab. UFRJ), Maryellen Crisóstomo (Conaq), Isabel Harari (ISA socioambiental), Elias Serejo (Fenaj), Daniel Govino (Brigada Alter), Luciana Oliveira, Antonio Fonseca (Imazon) e Clóvis Saint-Clair (Diálogo Brasil).
Durante o encontro, ideias, modelos, diretrizes e sensações serão compartilhadas digitalmente com convidados que se inscreveram previamente por meio do site da Cása Ninja Amazonia.
Confira o perfil dos convidades:
Romulo Batista é biólogo, vivendo e trabalhando na amazônia nos últimos 15 anos. Está no greenpeace desde de 2012, sendo campaigner sênior da campanha da amazônia,já trabalhou em diferentes projetos. Atualmente é líder do projeto de Fogo e desmatamento do Greenpeace Brasil.
Lori Regattieri é doutoranda em Comunicação e Cultura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisadora associada no Medialab.UFRJ, NetLab e Cibercult. Investiga e escreve sobre algoritmos, a ascensão dos bots, trolls e ciborgues e seus efeitos na audiência.
Nascida entre os Guajajara/Tenetehar, no Maranhão, Sônia é graduada em Letras e Enfermagem e pós-graduada em Educação Especial na Universidade Estadual do Maranhão. Foi a primeira mulher indígena candidata a vice-presidenta do Brasil, em 2018. Já foi vice-coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Atualmente é coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e participa do Conselho Consultivo da Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil.
Maryellen Crisóstomo, quilombola do Tocantins, jornalista. Mestranda em Letras pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Assessora no coletivo de Comunicação da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (Coecq) e da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq).
Isabel Harari é jornalista especializada no tema socioambiental, trabalha com direitos territoriais e violações aos direitos humanos. No Instituto Socioambiental (ISA) desde 2014, atua junto aos povos indígenas e ribeirinhos da bacia do Xingu.
Elias Serejo. Jornalista. Ativista Ambiental e pelos direitos da população LGBTI+. Diretor do Departamento de Educação e Aperfeiçoamento Profissional da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ). Mestre em Comunicação Linguagens e Cultura (PPGCLC/Unama) e doutorando em Ciências da Comunicação (PPGCOM/UFPA).
Daniel Gutierrez Govino: jornalista, fotógrafo e ativista, formado em jornalismo e fotografia (2007). Foi sócio-fundador da produtora Galeria Experiência (2008-2014), até se mudar para Alter do Chão, na Amazônia paraense, onde viveu por 6 anos. Trabalhou como produtor de viagens, eventos e audiovisual. Foi um dos fundadores da Brigada de Alter e do Instituto Aquífero Alter do Chão (2017-2019).
Luciana Oliveira é jornalista independente de Rondônia e atua na blogosfera com denúncias envolvendo um dos estados que mais desmata do Brasil.
Erisvan Guajajara é ativista indigígena e comunicador. Para ele, além de lutar pela demarcação das terras indígenas, é preciso também lutar pela “demarcação das telas”. Comunicador e ativista, o indígena originário da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, empenha-se na luta por ocupar os espaços da mídia, levando a voz dos povos originários para o mundo, contando a história a partir da visão baseada no Bem Viver de todos os indígenas da América, silenciados ao longo de 500 anos de opressão, racismo, violência e negação de direitos.
Karina Yamamoto faz parte da equipe de Engajamento do WWF-Brasil desde agosto de 2018 e integra o Comitê Editorial da Associação Brasileira de Jornalistas de Educação (Jeduca) desde 2017. Estuda imagem e jornalismo no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (ECA-USP). Jornalista por formação, foi editora do UOL por 9 anos, nas editorias de Educação e Brasil.
Ariné Apalai, liderança indígena no Distrito de Saúde Especial Indígena Amapá e Norte do Pará.
Antonio Fonseca Ingressou no Imazon como estagiário em 2008. Formou-se em engenharia ambiental em 2011 pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) e é especialista em estatística pela Universidade Federal do Estado do Pará (UFPA). Atualmente é pesquisador assistente no programa de monitoramento de desmatamento do Imazon.
Clóvis Saint-Clair é jornalista há 29 anos, escritor e mestre em Estudos da Linguagem, com passagens pelas redações das revistas Veja e Época, e dos jornais O Dia, Extra e Jornal do Brasil. Atualmente, é gerente de mídia da Diálogo Brasil, uma iniciativa de comunicação estratégica na área de meio ambiente.
Simão Faria é professor do curso de Comunicação Social – Jornalismo e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Líder do grupo de pesquisa Mídia, conhecimento e meio ambiente: olhares da Amazônia (CNPq/UFRR).
Angela Mendes, liderança ambiental e presidente do Instituto que leva o nome de seu pai, o seringueiro e ambientalista Chico Mendes, está no Encontro Mebengokrê, que acontece a beira do Rio Xingu, no Mato Grosso e junto a lideranças indígenas como o cacique Raoni e Sônia Guajajara.
Marielle Ramires, co-fundadora do Fora do Eixo e da Mídia NINJA, é hoje coordenadora da Ninja Ambiental. Jornalista e ativista nas lutas de Comunicação, Cultura e Direitos Humanos.
Karla Martins, ex-secretária de cultura do Acre, é ativista cultural e uma das gestoras do Fora do Eixo e Casa Ninja Amazônia.
Raíssa Galvão é editora da Casa Ninja Amazonia e uma das criadoras da Mídia NINJA. Raíssa será a medidora do encontro.
Casa NINJA Amazônia
A Casa Ninja Amazônia online funciona como um centro live de ativismo com foco na mobilização, formação e produção de conteúdos voltados para a temática da Amazônia, Cerrado e outros biomas brasileiros. Lançada oficialmente em 5 e 6 de junho de 2020, ela vem fortalecendo a agenda de defesa da Amazônia e de seus povos, promovendo um calendário permanente de atividades que vão desde encontros a rodas de conversas, workshops, reuniões e campanhas.
Do heiki ao hacker, dos povos indígenas aos artistas, das capitais ao Brasil profundo. A Casa conecta inteligências diversas e confluências de vivências, conhecimentos e experiências distintas da região. A busca por histórias e novos repertórios diante dos problemas que estão hoje colocados se soma a campanhas e ações estratégicas de mobilização e incidência política.