O Brasil atingiu em junho o maior número de focos de queimadas na Amazônia desde 2007. Aumento representa 19,57% em relação ao ano passado, com 2.248 focos de calor.

Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). O mesmo instituto também aponta um crescimento alarmante do desmatamento da floresta, sendo as queimadas parte deste processo de devastação da Amazônia.

Os números colocam em xeque as ações anunciadas pelo governo Bolsonaro para frear o avanço das queimadas e do desmatamento. Inclusive uma operação militar foi montada há dois meses para enfrentar o período de secas, onde a floresta fica mais suscetível a ação de desmatadores.

Nem a militarização, nem a tentativa de emplacar uma imagem de combate às queimadas na opinião internacional, demonstram ser eficazes na luta contra a devastação.

De agosto de 2018 a julho de 2019, período medido pelo Prodes, o mais confiável sistema de monitoramento do desmatamento, a Amazônia atingiu o recorde das derrubada na década. Foram destruídos 9,7 mil km² de mata, o que representou um aumento de 29,5% com o período 2017/2018.

Especialistas apontam que o mês de novembro pode trazer resultados piores se nada for feito para barrar o avanço do desmatamento e das queimadas, e com urgência.