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Ao menos 2 mil pessoas foram internadas por doenças respiratórias devido ao aumento das queimadas na Amazônia em 2019. Desses, cerca de 467 eram bebês com menos de 1 ano de idade. Os dados foram revelados em um estudo conjunto do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (@Ipam), do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (@Ieps) e da Human Rights Watch (HRW).

O relatório compilou dados estaduais de saúde para chegar aos números. Estatísticas de internações, desmatamento, focos de calor e qualidade do ar foram relacionados, e o cenário é de horror.

“A patologia é mais grave conforme for menor a idade da criança (…). Recém-nascidos prematuros, bebes que usaram aparelhos respiratórios, entre outros, são muito sensíveis a essas condições, diz um médico que é diretor-adjunto de um hospital infantil em Porto Velho, Rondônia, segundo relatado no estudo publicado hoje.

Só em agosto do ano passado quase 3 milhões de pessoas em 90 municípios da Amazônia foram expostas a níveis de poluição nocivos. No mês de setembro, este número aumentou para 4,5 milhões em 168 municípios.

Em 2019, houve aumento de 30% no número de queimadas registradas na Amazônia, em comparação a 2018, segundo dados do Inpe. Foram 89.178 focos de calor, contra 68.345 no período anterior.