Um levantamento do Greenpeace revelou que a Amazônia registrou mais de 20,4 mil focos de calor entre os dias 16 de julho e 15 de agosto – todos eles ilegais, já que a prática da queimada está suspensa desde meados do mês passado em todo o país. Apenas na 1ª quinzena de agosto, foram observados mais de 15 mil focos em toda a Amazônia Legal, uma nova queimada a cada dois minutos.
“Os números evidenciam que a estratégia adotada pelo governo federal é ineficiente para conter a destruição da floresta”, afirmou Cristiane Mazzetti, do Greenpeace. “Proibir queimadas no papel não funciona sem um trabalho eficiente de comando e controle exercido por órgãos competentes”.
O que há de novo nos incêndios da floresta é a existência de grande disponibilidade de madeira para se queimar, resultado de meses seguidos de desmatamento crescente.
Dados do @ipam_amazonia estima existir cerca de 9 mil km2 de floresta desmatada abandonados para queimadas em agosto deste ano; se apenas 60% desse material pegar fogo, a temporada de queimadas de 2020 será tão ruim quanto a do ano passado.