O povo Yanomami está passando por fortes ataques realizados por garimpeiros. Na Terra Indígena Yanomami, a maior do Brasil, há mais de 20 mil invasores, que ameaçam as vidas deste povo
#AlertaYanomami
Um massacre iminente
Em meio a pandemia de coronavírus, as comunidades indígenas da Terra Indígena (TI) Yanomami estão ameaçadas por mais de 20 mil garimpeiros ilegais, que entraram na TI ilegalmente, em busca de ouro e outros minerais. Após ataques ocorridos na comunidade Palimi ú, em 10 de maio de 2021, lideranças foram à capital de Roraima, Boa Vista, para coletiva de imprensa, onde anunciaram a morte de duas crianças, de 1 ano e 5 anos, que ocorreu devido à invasão dos garimpeiros. Ao sair do local à beira do Rio Uraricoera para a coletiva, o grupo de lideranças foi ameaçado novamente por garimpeiros armados. A situação é grave. A Hutukara Associação Yanomami, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e o Ministério Público Federal já solicitaram à Justiça proteção a estes povos originários, e a expulsão dos invasores de suas terras. Até o momento, um efetivo da Polícia Federal esteve no local, onde trocou tiros com os criminosos, e, apesar de decisão da Justiça para que a União mantenha um efetivo armado de forma permanente na comunidade, o pedido não foi prontamente atendido. Ataques seguem acontecendo ao povo Yanomami, e o governo assiste de forma passiva um genocídio prestes a acontecer.
Desmatamento na Terra Indígena Yanomami,
entre janeiro e julho de 2019
Matérias
Saúde indígena é ameaçada por indicações de militares e apadrinhados políticos
Indígenas denunciam à Repórter Brasil caso de coordenador trabalhando armado, distribuição de cloroquina e desvio de vacinas contra a covid-19
Médicos relutam usar cloroquina contra coronavírus em indígenas Yanomami
Medicamento, sem eficácia comprovada contra a doença, foi enviado por militares em ação na terra indígena na semana passada
Povo Yanomami teme contaminação de covid-19 após ida do ministro da Defesa em aldeias
Durante a visita, a comitiva formada por mais de 100 militares distribuiu 66 mil comprimidos de cloroquina, remédio que não tem comprovação científica contra o coronavírus, para serem usados por indígenas Yanomami
Saúde indígena é ameaçada por indicações de militares e apadrinhados políticos
Indígenas denunciam à Repórter Brasil caso de coordenador trabalhando armado, distribuição de cloroquina e desvio de vacinas contra a covid-19
Médicos relutam usar cloroquina contra coronavírus em indígenas Yanomami
Medicamento, sem eficácia comprovada contra a doença, foi enviado por militares em ação na terra indígena na semana passada
Povo Yanomami teme contaminação de covid-19 após ida do ministro da Defesa em aldeias
Durante a visita, a comitiva formada por mais de 100 militares distribuiu 66 mil comprimidos de cloroquina, remédio que não tem comprovação científica contra o coronavírus, para serem usados por indígenas Yanomami
Linha do tempo
Agosto 15, 1987
Serra Couto Magalhães (RR)
O grupo estava armado com espingardas. Os indígenas responderam ao tiroteio dos garimpeiros. Polícia Militar, Exército e Polícia Federal foram até a área, mas os garimpeiros não aceitaram o aviso para deixar o local, por conta de terem encontrado muito ouro. Os conflitos e a tensão permaneceram.
Abril 25, 1988
Paapiú (RR)
Agosto 1, 1993
Haximu (RR)
Esse massacre é resultado das tensões relacionadas à corrida do ouro desde 1987 no Brasil, que incluem conflitos entre os garimpeiros brasileiros e o povo Yanomami. O nome da aldeia tornou-se mundialmente conhecido após o sangrento massacre que vitimou 16 Yanomamis, incluindo 5 crianças, mulheres e idosos de Haximu, pegos de surpresa no início de uma manhã por um grupo de garimpeiros fortemente armados.
Abril 14, 2013
Alto Alegre (RR)
Maio, 2021
Palimiú (RR)
Na primeira quinzena do mês, garimpeiros invasores atacaram a tiros o povo Yanomami. Armados, por dois dias consecutivos, atiraram em toda comunidade Palimiú, inclusive em mulheres e crianças. Áudios de grupos dos garimpeiros relatam que mais de 20 homens com fuzis e metralhadora miram os indígenas da região. O povo seguiu em alerta com esse ataque, colocando medo nos Yanomami
Abril 11, 2022
Terra Indígena
Yanomami (RR e AM)
A Hutukara Associação Yanomami divulgou relatório onde informa que três meninas de 13 anos morreram depois de serem abusadas por garimpeiros, na região central do território conhecida como polo-base Kayanaú. São “relatos do inferno”, como descreve o documento que traz ainda dados e imagens sobre o crescimento da devastação ambiental e doenças, como a malária.
21 Janeiro, 2023
Terra Indígena
Yanomami (RR e AM)
Impactado com a informação de que 570 crianças morreram por desnutrição e causas evitáveis nos últimos anos na Terra Indígena Yanomami, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a região com uma comitiva de Ministros, e iniciou um plano de emergência para conter a crise sanitária no território e evitar o genocídio anunciado causado pela péssima gestão do governo anterior.