O povo Yanomami está passando por fortes ataques realizados por garimpeiros. Na Terra Indígena Yanomami, a maior do Brasil, há mais de 20 mil invasores, que ameaçam as vidas deste povo
#AlertaYanomami
Um massacre iminente
Em meio a pandemia de coronavírus, as comunidades indígenas da Terra Indígena (TI) Yanomami estão ameaçadas por mais de 20 mil garimpeiros ilegais, que entraram na TI ilegalmente, em busca de ouro e outros minerais. Após ataques ocorridos na comunidade Palimi ú, em 10 de maio, lideranças foram à capital de Roraima, Boa Vista, para coletiva de imprensa, onde anunciaram a morte de duas crianças, de 1 ano e 5 anos, que ocorreu devido à invasão dos garimpeiros. Ao sair do local à beira do Rio Uraricoera para a coletiva, o grupo de lideranças foi ameaçado novamente por garimpeiros armados. A situação é grave. A Hutukara Associação Yanomami, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e o Ministério Público Federal já solicitaram à Justiça proteção a estes povos originários, e a expulsão dos invasores de suas terras. Até o momento, um efetivo da Polícia Federal esteve no local, onde trocou tiros com os criminosos, e, apesar de decisão da Justiça para que a União mantenha um efetivo armado de forma permanente na comunidade, o pedido não foi prontamente atendido. Ataques seguem acontecendo ao povo Yanomami, e o governo assiste de forma passiva um genocídio prestes a acontecer.
Desmatamento na Terra Indígena Yanomami,
entre janeiro e julho de 2019
Matérias

Garimpeiros em 12 barcos atacam novamente povo Yanomami na Comunidade Palimi ú
Indígenas continuam desprotegidos sem suporte da Polícia Federal e o Exército

Apib cobra STF sobre a retirada imediata de garimpeiros de terras yanomami e munduruku
Apib é cirúrgica em cobrar aparato de forças de segurança para acabar com a violência contra yanomamis e mundurukus

Comunidade indígena yanomami sob a mira de garimpeiros: entenda o que está acontecendo
Vítimas de quatro massacres desde a década de 1980, o povo yanomami continua sendo alvo da ação criminosa de invasores à procura de ouro em seu território e teme que a história se repita. No dia 10 de maio, indígenas de Palimiú sofreram o primeiro de uma série de...
Linha do tempo
Agosto 15, 1987
Serra Couto Magalhães (RR)
O grupo estava armado com espingardas. Os indígenas responderam ao tiroteio dos garimpeiros. Polícia Militar, Exército e Polícia Federal foram até a área, mas os garimpeiros não aceitaram o aviso para deixar o local, por conta de terem encontrado muito ouro. Os conflitos e a tensão permaneceram.
Abril 25, 1988
Paapiú (RR)
Agosto 1, 1993
Haximu (RR)
Esse massacre é resultado das tensões relacionadas à corrida do ouro desde 1987 no Brasil, que incluem conflitos entre os garimpeiros brasileiros e o povo Yanomami. O nome da aldeia tornou-se mundialmente conhecido após o sangrento massacre que vitimou 16 Yanomamis, incluindo 5 crianças, mulheres e idosos de Haximu, pegos de surpresa no início de uma manhã por um grupo de garimpeiros fortemente armados.
Abril 14, 2013
Alto Alegre (RR)