Foto: Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

Na última segunda feira (28), por volta das 11h45min, as famílias do acampamento Terra Cabana, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em Benevides, no Pará foram incomodadas Por quatro carros da polícia militar e um suposto oficial de justiça, que distribuiu um documento para algumas famílias dizendo se tratar de uma ordem de despejo marcada para ocorrer na próxima segunda (5).

O documento na verdade trata-se da imissão de posse expedido pela 1° Vara Civil e empresarial de Benevides a pedido do Banco da Amazônia BASA e em nome da CCS Construtora e Incorporadora contra a SOPALM agroindústria Ltda.

O documento tem como número do processo 0062475-53.2002.814.0097 e tem como juiz titular Francisco Jorge Gemaque Coimbra, o qual já está sendo contestado pela assessoria jurídica do movimento.

Diante da tentativa de intimidação, as famílias do Terra Cabana estão mobilizadas para resistir.

O Acampamento Terra Cabana tem mais de cinco anos de existência, lutas e sonhos. Com moradia e renda, dignidade para crianças, jovens, mulheres e idosos que foram sendo expulsas das periferias urbanas e decidiram se organizar para melhorar a vida de suas famílias.

As famílias estão acampadas em uma área dentro da região metropolitana de Belém, na fazenda improdutiva SOPALM, ligada a uma antiga família escravocrata do período colonial. Tal postura significa a tentativa de expansão do capital dentro da região metropolitana por meio da especulação imobiliária.

O MST ressalta que o comunicado entregue às famílias do acampamento ocorre em plena pandemia e um despejo representa o risco de morte para as famílias acampadas.

*Com informações do MST