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O maior projeto hidrelétrico do governo Bolsonaro, que previa a construção de usina em área ambiental na Amazônia, foi barrado pelo Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Os analistas avaliaram o projeto e chegaram à conclusão de que os estudos apresentados na defesa da obra “não sustentam uma decisão favorável de viabilidade de empreendimento”.

O projeto da Usina Tabajara, estudada desde de 1980, se levado adiante, barrará as águas do rio Ji-Paraná e inundará mais de 100 km² entre a fronteira de Rondônia e Amazonas, uma área cercada de unidades de conservação, espécies raras e terras indígenas. É umas das regiões amazônicas que mais sofrem com o desmatamento ilegal e ocupação irregular de terra.

Não é um projeto qualquer, trata-se, até então, do maior projeto hidrelétrico entre os sete previstos a serem executados até o ano de 2030. O custo da obra ultrapassa os R$ 5 bilhões de reais. Se o governo quiser insistir na proposta, deverá elaborar novos estudos e levantamentos para que o projeto seja novamente avaliado.

O grupo responsável pelo estudo, formado por Furnas, Eletronorte, Projetos e Consultoria e Engenharia PCE e JGP Consultoria e Participações, se posicionou em nota defendendo que a usina “ terá um reservatório pequeno que não modificará as vazões naturais do rio” e afirma que os “estudos dessa etapa estão em desenvolvimento desde 2014 e foram elaborados seguindo estritamente o estabelecido no Termo de Referência emitido pelo Ibama”.

Mas o Ibama considera este, um empreendimento de grande risco ambiental.