Tem como não se encantar com a diversidade da Amazônia? Esta lista especial nos mostra o quão rico é o bioma que nos brinda com sabores únicos. Não é por menos que a culinária amazônica é uma das mais especiais do planeta. Você confere aqui frutos com consistências variadas e sabores que variam entre o adocicado e o azedinho, passando até por alguns intrigantes, que desafiam qualquer um a descrevê-los. Esse é o caso do cubiu, que há quem defina como um fruto que possui gosto de um leite fermentado sem açúcar.

Vem com a gente conhecer esses frutos!

1. Abiu

Abiu (Foto: Rodrigo Argenton/Wikemedia Commons)

Fruto do abieiro, possui boa quantidade de fibras, vitaminas e sais minerais. O fruto é muito docinho e bastante comum nos quintais das casas amazônidas. As folhas do abieiro também são usados na medicina popular para tratar doenças como anemia, disenteria e desnutrição, entre outras.

2. Açaí

(Foto: Camila Neves Rodrigues da Silva/Wikimedia Commons)

Extraído de uma palmeira típica da Amazônia, o fruto roxo é sem dúvidas o mais apreciado da região, principalmente no estado do Pará. Fonte de energia, o açaí é muito consumido como suco e é usado em vitaminas e sorvetes em outras regiões do Brasil. Tanto no Pará quanto nos outros estados da região Norte do país o jeito tradicional de consumi-lo é puro, junto com a farinha de mandioca ou de tapioca e peixe frito nas principais refeições do dia.

3. Ajuru

(Foto: Gustavo Giacon)

O ajuru tem muitos nomes. Você pode conhecê-lo como cajuru, guajuru, uajuru e até uirapuru. Este fruto de casca vermelha rosada, tem polpa branca, esponjosa e de sabor adocicado e agradável, que remete ao gosto da maçã. Seus frutos são a alegria de várias espécies de pássaros, o que a torna útil para o plantio em áreas degradadas de preservação permanente.

4. Araçá-boi

(Foto: SafariGarden)

Fruto arredondado e de cor amarela quando maduro, o Araçá-boi é bastante aromático e possui sementes. É doce, mas com certa acidez. Da mesma família da goiaba, pode ser consumido ao natural e também, utilizado no preparo de doces (araçazada) e bebidas. As folhas do araçazeiro também são utilizados como corante e as raízes são usadas para tratar doenças como a diarreia.

5. Babaçú

(Foto: Marcelo Cavallari/Wikimedia Commons)

Muito comum nas áreas de terra firme, a planta do babaçu produz em média quatro cachos com cerca de 330 frutos cada. O fruto, de leve gosto amendoado, é muito comercializado para a extração do óleo. As folhas do babaçu servem tanto para chás quanto para o artesanato. O caule é usado para construção de algumas casas típicas da Amazônia e do seu broto é possível retirar um palmito de ótima qualidade.

6. Bacaba

(Foto: NIT/UFT)

Palmeira nativa da Amazônia. Seu fruto dar em cachos que chegam a pesar até 20 quilos. O fruto é muito parecido com o açaí. É utilizada para preparo de vinho e é uma poderosa fonte de energia. Pela população local é consumido no almoço ou jantar junto com a comida. A fruta é rica em proteína e carboidrato.

7. Bacuri

(Foto: Acervo ISPN)

O fruto, envolvido em uma casca dura e espessa, vem do bacurizeiro, uma árvore que pode alcançar 25 metros de altura. Amadurece naturalmente entre os meses de janeiro a junho. A polpa, branca e adocicada, é rica em potássio, cálcio e ferro. Além de ser consumido in natura, pode ser usado no preparo de sucos, geleias, sorvetes e sobremesas.

8. Biribá

(Foto: Edilson Giacom)

O fruto é nativo da Amazônia, mas pode ser encontrado em várias regiões do Brasil. Tem cascas amareladas, com polpa branquinha, suculenta, adocicada e muito saborosa. Sempre consumido in natura, é um dos frutos mais apreciados na região amazônica. Mercados como o Ver-o-Peso em Belém e o Mercado Municipal de Manaus estão sempre recheados de biribá por todos os lados. Também é conhecido como fruta do conde, graviola brava, fruta da condessa, condessa e ariticum.

9. Buriti ou miriti

(Foto: Caixa Colonial.club)

O buritizeiro cresce em lugares úmidos. Os cocos são cobertos por escamas de coloração castanho-avermelhada,  constituídos de semente oval dura e amêndoa comestível de cor amarelo-alaranjada, sabor agridoce e consistência gordurosa. Do buriti ou miriti, como também é muito conhecido, faz-se também o vinho, além de sorvetes, cremes, geleias e licores. Sua palmeira produz de cinco a sete cachos por ano, cada um com até 500 frutos. Além disso, os braços do miritizeiro são usados para confeccionar artesanatos ou brinquedos de miriti, comercializados o ano todo nas praças e eventos regionais. Faz o maior sucesso no tradicional Círio de Nazaré em Belém (PA).

10. Camapú

(Foto: Sabor de Fazenda)

O camapú (ou physalis), é um frutinho esverdeado, cuja consistência lembra muito o tomate e o gosto é doce e ácido, mas não como uma laranja. A árvore do camapú, que por muitas vezes se perde entre o mato por ser muito pequena, é rica em benefícios à saúde, principalmente para a memória, isso porque ela possui uma substância que estimula a produção de novos neurônios. Além desta incrível propriedade, ela também é ótima para combater a obesidade, colesterol, doenças neurodegenerativas e inflamatórias.

11. Camu-camu

(Foto: AgroFórum Peru/Wikimedia Commons)

É um fruto pequeno, mas que possui o maior teor de vitamina C do mundo. Ele é azedinho e lembra de leve, a acerola. Tem formato arredondado, de cor avermelhada ou roxeada. Pode ser encontrado principalmente às margens dos rios amazônicos. Além de ser rico em vitamina C, ele também é rico em fibras e proteínas. É geralmente, consumido in natura, mas é também apreciado como sucos, geleias, sorvetes e outros vários tipos de doces.

12. Castanha do Pará

(Foto: P.S. Senna)

A Castanheira é uma árvore protegida por lei, produz um dos frutos mais apreciados do Brasil e do mundo. A castanha do Pará está dentro de uma espécie de ouriço que só pode ser aberto com um facão. Os benefícios da Castanha são inúmeros, ajuda vários processos do organismo, além de ser rica em proteínas minerais. Pra se ter uma ideia, ela concentra 200 a 400 microgramas de selênio. Seu óleo é muito comercializado para fabricação de cosméticos.

13. Cubiu

(Foto: Gustavo Giacon)

Com sabor bastante intrigante o cubiu é fruto raro de se encontrar. Também chamado tomate índio, seu aspecto lembra muito o de um tomate e seu sabor mescla doce e azedo, há quem defina como o gosto de um leite fermentado sem açúcar. É riquíssimo em nutrientes como, ferro, fósforo fibras, proteínas, vitaminas e sais minerais. Controla a diabete, ácido úrico, colesterol, queimaduras e micoses da pele, os benefícios são inúmeros, não é por acaso que o cubiu é conhecido como fruto medicinal.

14. Cupuaçu

(Reprodução TV Gazeta/ES)

Esse fruto tem um aroma único e marcante, mede cerca de 15 cm de comprimento, tem casca marrom e uma polpa branca. O creme do cupuaçu é um sucesso, além do sorvete, sucos e doces. As sementes desse fruto são bastante utilizadas na fabricação de chocolate, substituindo por muitas vezes o cacau.

15. Graviola

(Foto: SPDM)

É conhecida em algumas regiões do Brasil como Jaca do Pará, por ter um aspecto que lembra a Jaca. Seu sabor é descrito como uma combinação de morango e abacaxi com ácido cítrico, notas contrastantes com um sabor cremoso subjacente uma reminiscência de coco ou banana. Bastante usada para preparos de creme, sucos e sorvetes, a graviola é também muito comum no nordeste brasileiro. É pouco calórica e ajuda a retardar o envelhecimento da pele, além de auxiliar no emagrecimento. Os benefícios não param por aí, estudos mostram que a graviola pode ajudar no tratamento do câncer (ainda não comprovado), inflamações, diabetes, hipertensão, entre outros.

16. Inajá

(Foto: Escola e Educação)

O Inajazeiro é uma árvore alta e exuberante que possui cachos belíssimos. A fruta, que pode ser consumida in natura ou cozida, possui uma cor amarronzada e sua polpa é pastosa e muito oleosa. A polpa tem um sabor levemente doce e é usada no preparo de um mingau oferecido a pessoas com fraqueza. Do fruto também extrai-se o óleo, queridinho das indústrias de cosméticos.

17. Ingá

(Foto: Gustavo Giacon)

A palavra ingá tem origem indígena que significa “embebido, ensopado”, uma referência a sua polpa aquosa. Difícil encontrar quem não goste do desse fruto adocicado. Dependendo da espécie, o ingá pode possuir vários tamanhos, o que não influencia em seu sabor único e irresistível. O ingazeiro cresce, principalmente, próximo a igarapés ou em locais bastante úmidos. É consumido in natura, rico em sais minerais, ótimo para o bom funcionamento do organismo. Sua casca serve para cicatrização de feridas e o fruto é utilizado para a fabricação de xaropes para o tratamento de bronquite.

18. Jambo

(Foto: Gustavo Giacon)

A safra do jambo é uma das mais aguardadas na região amazônica. O cheiro da fruta é inconfundível, o sabor nem se fala. Tem cor avermelhada, casquinha fina e polpa suculenta e adocicada. Em 100 gramas da polpa do jambo, encontram-se 90% de água. O jambeiro pode atingir até 15 metros de altura. É rico em vitaminas, fibras e sais minerais e usado na medicina natural como laxante e também, para combater dores de cabeça e inflamações, entre outros males.

19. Murici

(Foto: Gustavo Giacon)

Rica em gordura e fonte de energia, o muruci é muito consumido pela população na Amazônia e no Nordeste do Brasil. Tem sabor intenso com um leve azedinho. Em Santarém, oeste paraense, o murici é usado para a fabricação de cerveja artesanal, a qual foi batizada pelo nome “Alter do Chão” em homenagem a uma das praias de água doce mais belas do mundo. O muricizeiro é muito usado para arborização de praças, parques, jardins públicos e no reflorestamento de áreas degradadas.

20. Pajurá

(Foto: Celcoimbra)

Não diferente dos outros, esse fruto chama a atenção pela cor e sabor delicioso. A polpa docinha é bastante nutritiva. O Pajueiro pode alcançar até 20 metros de altura, quando os frutos caem eles exalam um forte cheiro, que acabam atraindo muitos animais para se alimentarem. Suas sementes quando secas são usadas na medicina popular, para o combate de diarreias e disenterias.

21. Patauá

(Foto: Natura Brasil)

O fruto comestível que possui sabor amendoado e óleo de alta qualidade nutritiva é extraído de uma palmeira, encontrada em zonas úmidas. O patauá é fonte valiosíssima de proteína no reino vegetal, comparando-se à da carne ou do leite de bovinos. O seu óleo é comparado ao azeite de oliva, mas usado principalmente, na fabricação de hidratantes corporais. Na medicina natural é usado para aliviar a problemas respiratórios, tosse, bronquite e até fortificante de cabelo.

22. Pepino do mato

(Foto: Afonso Rabelo/Frutas Nativas da Amazônia)

Nativo da Amazônia, o pepino mato não é tão popular quanto os outros, mas não menos importante. Pode ser encontrado nas regiões de terra firme e possui consistência dura e resistente. Quando cortado, libera um látex de cor branca e abundante. É comestível, porém é bastante leitoso. Também é usado na culinária, no preparo de saladas, cremes e doces.

23. Pupunha

(Foto: Katia Yamasaki/Wikimedia Commons)

Palmeira com grande valor econômico, a pupunha é da mesma família do açaí e babaçu. Produz um fruto avermelhado, amarelo ou esverdeado. É consumido cozido em água e sal – quando seu sabor fica mais proeminente -, apreciado sozinho ou com o famoso cafezinho da tarde. Dele também se produz óleo e dos resíduos do frutos, ração para animais.

24. Tucumã

(Foto: P.S. Sena)

Fruta de cor alaranjada é consumida na região amazônica in natura. Tem um sabor adocicado e marcante. Fonte de nutrientes importantes para funcionamento do organismo, como carboidrato, fibras, potássio, cálcio e vitamina A. Além de ser uma fonte abundante de ômega 3, entre outros benefícios.

25. Uxi

(Foto: Pexels/Pixabay)

Tem uma consistência bastante peculiar, e um sabor inconfundível. É rico em fibras e vitaminas C e E, além de possuir propriedades anti-inflamatórias, antioxidante, antiviral e vermífuga. Apesar de muito apreciado, o uxi está cada vez mais raro de se encontrar, devido ao desmatamento em algumas regiões, o que afeta muito sua produção, que é extremamente demorada. O uxizeiro só começa a frutificar a partir dos 20 anos.